Conversamos com a VP Gaby Linnow sobre a passagem pela América Latina. Além de realizar visitas a clientes, Gaby conheceu processos do SAM e fez uma palestra com os colaboradores da Festo Brasil sobre Digitalização, Metaverso e sua carreira. Confira mais na entrevista a seguir:
DHO: O que mais chamou sua atenção em suas visitas ao Brasil e Argentina? Quais foram suas impressões?
Gaby Linnow: Fiquei impressionada com a interação entre as pessoas e áreas, do início ao fim dos processos. Vi que as pessoas são apaixonadas pelo que fazem, estão próximas aos clientes e sempre em busca de soluções realmente inovadoras. É isso que faz a diferença na vida das pessoas. Vi isso tanto no Brasil, quanto na Argentina. Ainda que a Argentina esteja enfrentando questões governamentais que acabam afetando diretamente nossos negócios por lá, vejo que temos pessoas muito comprometidas.
DHO: Como a Região SAM é vista pelo HQ?
GL: Mesmo a Região SAM tendo um faturamento menor em relação a outras regiões, isso não é um critério para medir a importância e nunca vi desta forma. Entendo que a Região contribui de maneira muito positiva para os negócios da companhia como um todo. Vejo que as pessoas levam o trabalho com muita seriedade e entendem a importância individual para o atingimento dos resultados e isso é extremamente importante para qualquer negócio. As pessoas são felizes por aqui, há muitos sorrisos pelos corredores. Volto a dizer que a inovação é um dos pontos fortes e vejo entrega de um valor muito importante para o sucesso da Festo. A Região SAM olha além das necessidades e o fato de ser uma das menores, favorece a implementação de ações e seu total acompanhamento, de ponta a ponta. Isso é superpositivo para acelerarmos as ações e até servir de modelo para outras regiões e plantas.
DHO: Como é para você trabalhar em um ambiente predominantemente masculino e quais são os principais desafios para permanecer em sua posição?
GL: Trabalhar com homens nunca foi um desafio para mim, pois fui criada num ambiente masculino (meus irmãos) e já estava acostumada a lidar com isso. Sobre a minha posição, acho que às vezes preciso ser duplamente boa no que faço e ser até mais competitiva, porém, me imponho e conquisto meu espaço através do meu trabalho, o que é realmente importante. É preciso acreditar em si mesmo todos os dias – não há desafio que não possa ser vencido!
DHO: O que você diria paras as pessoas que querem seguir o mesmo caminho de sucesso que você trilhou? Qual é o seu recado para as mulheres da Festo que desejam ser líderes?
GL: Precisamos ser melhores hoje do que fomos ontem e, amanhã, melhores do que fomos hoje. Essa mentalidade precisa ser presente sempre. Além disso, você pode fazer coisas muito interessantes através de pequenas ações, então, desenvolva-se diariamente e invista em conhecimento. Não basta ser somente bom, é preciso se expor e se posicionar. Para as mulheres, eu sei que as mamães, por exemplo, têm dois empregos (em casa e na empresa) e nem sempre são reconhecidas por isso. Algumas decidiram não ter filhos e são cobradas também. É certo que ainda precisamos ver a sociedade evoluir nesse sentido, mas precisamos incentivar e apoiar as mulheres, sempre!
DHO: Como você vê o futuro da organização?
GL: Muitas mudanças estão prestes a acontecer, principalmente no que se refere à sustentabilidade, desta forma, nosso portfólio de produtos será muito impactado. Vejo que o futuro é trabalhar de maneira mais digital.
DHO: Como você enxerga a Festo utilizando o Metaverso como ferramenta de desenvolvimento de pessoas?
GL: Vejo muitas possibilidades! Vejo, por exemplo, a interação no desenvolvimento de novos produtos podendo ser feita de qualquer lugar do mundo, para qualquer planta, independentemente de onde as pessoas estiverem.