Há aproximadamente 1 mês tivemos na Festo Brasil o ingresso do novo Diretor Industrial, Daniel Caspar. Nesta entrevista, ele nos conta mais sobre desafios, carreira e hobbies. Confira a seguir:
- Quais são os desafios em assumir a área industrial da Festo Brasil?
O primeiro desafio é aprender sobre a companhia e entender a sua cultura. Outro desafio é fazer com que as âncoras culturais e a Cultura do QCDP (Qualidade, Custo, Entrega e Pessoas) cheguem até os colaboradores. Fazer com que vivam isso no dia a dia de trabalho. A Festo já possui uma cultura muito boa e o que precisamos fazer é caminhar e aprimorar ainda mais na área de operação, isto é: fazê-los compreender o momento da empresa, entendendo onde a Festo quer chegar e qual a contribuição que cada um pode dar. Então, criar essa cultura e levar o QCDP para o cotidiano, para caminharmos em direção aos resultados planejados principalmente para 2025, que é a meta da empresa, é hoje nosso maior desafio.
- Como você vê a importância da área industrial?
Nós temos um ponto importante aqui: a área Industrial está muito perto da área Comercial, além do pessoal de Faturamento, Outbound e Customer Solutions muito próximos também. Então é de fundamental importância que os colaboradores da área Industrial entendam a participação deles em toda organização. Essa é uma vantagem competitiva que precisamos usar sempre. Menciono também a parte de desenvolvimento de novos produtos (TEC), dentro da Engenharia, onde somos um Centro de Documentação Técnica, o Master Data Administration (MDA-BR), que dentro do Grupo Festo só existe na Alemanha, China e aqui no Brasil. Isto tudo é mais um diferencial, que precisamos fazer com que o pessoal de fábrica reconheça e use esse potencial como companhia.
- Como você enxerga a Festo futuramente?
Ainda preciso aprender bastante sobre a Festo em relação ao mercado, mas o que vejo: temos uma marca muito forte, o produto Festo tem seu diferencial em relação aos concorrentes. Então o que precisamos fazer é manter essa liderança de mercado e oferecer mais opções aos nossos clientes, seja em produtos, seja em entrega ou soluções customizadas. Fazendo um paralelo, nós como consumidores, sempre queremos as coisas mais fáceis, quando consumindo pela internet, por exemplo. Temos que pensar da mesma forma. Veja que já existe todo um trabalho na Festo para entregar soluções aos clientes e isso vai ser a coisa do futuro: quanto mais oferecermos aquilo que o cliente quer, ajudá-lo a desenvolver soluções e implementá-las, mais estaremos em direção ao futuro. Por isso, vejo, que no Brasil e em nosso Cluster temos um potencial grande de crescimento justamente porque temos um market share grande, uma boa reputação e temos essa divisão de soluções.
- Como você decidiu que queria seguir a área de engenharia?
Eu fui para essa área, primeiro, porque eu gostava bastante de desenvolver as coisas, fazer processos, de fábricas, essas coisas sempre chamaram a minha atenção. Fiz engenharia mecatrônica que é muito voltada para a área de automação e tive a oportunidade de viajar para vários países, mas teve a outra paixão: aprendi a também me realizar através das pessoas, da realização de fazer projetos em conjunto. Então coordenei projetos menores, um pouco maiores, até chegar em uma fábrica inteira. Ver as pessoas também se realizando ali com as coisas que você gosta e tem paixão, é muito gostoso. Depois fui estudar administração industrial, fiz uma especialização em marketing para entender a parte de desenvolvimento de produtos, e para complementar, fiz o MBA executivo, que me levou a conhecer o funcionamento financeiro das empresas de forma geral. Eu não gosto de fazer algo, sem entender o propósito, por isso conhecer a parte operacional e o funcionamento financeiro, ajuda a entender o todo. Uma empresa com fins lucrativos, está no mercado para ter o retorno do capital todo que foi investido. Portanto entender isso é bom, para que possamos fazer bem o nosso trabalho para os clientes, para os funcionários e por fim para dar o retorno aos donos da empresa.
- Se você pudesse citar um aprendizado que teve durante a sua carreira até aqui, qual seria?
Acho que o maior deles é que não existe vitória sozinho. Todo engenheiro é um pouco introspectivo, por isso, eu acho que aprender a trabalhar em projetos, fez com que eu conhecesse pessoas fantásticas e que me ajudaram a concretizar as ideias que eu tinha e não podia ou conseguia realizar sozinho. Quando você junta as pessoas, cada uma com um conhecimento específico de uma área, você vê que cada um teve um pouquinho de parcela na realização do objetivo. Foi isso, que me chamou atenção: a área administrativa e liderança de pessoas. Nós fazemos as coisas em conjunto, esse foi meu maior ensinamento, não digo da minha carreira, mas da minha vida. Não construímos as coisas sozinhos, construímos em sociedade, em equipe, em família, em conjunto.
- Você tem algum hobby? O que gosta de fazer no tempo livre?
Eu sou uma pessoa muito família, gosto de fazer as coisas em família, mas um hobby que eu gosto é de velejar. Não tenho um barco, mas aprendi um pouco a velejar. Comecei fazendo windsurf, mas não é muito a minha praia, depois fui para o laser (tipo de barco a vela) que é um barco individual. É uma coisa que eu gosto e que infelizmente deixei um pouquinho de lado na pandemia, mas estou retomando agora. É bem gostoso, você vê a natureza e vai se desafiando com isso (vento!).
“O Brasil tem um potencial grande de crescimento justamente porque temos um Marketshare grande, uma boa reputação e temos uma divisão de soluções.”
Daniel Caspar
Diretor Industrial – Festo Brasil